Os pombinhos

Os pombos são como “ratos do céu”.

Talvez não tão repugnantes como os originais. Mas são dos animais próximos dos humanos os que mais porcaria fazem.
E, quantas vezes, não em cima da cabeça ou do ombro de alguém...

Por isso, nunca percebi a expressão “parecem dois pombinhos”, que se utiliza quando se vê um casal de namorados.
É certo que os pombos dão beijinhos.
Mas significa isso que TODOS os casais cagam os bancos de jardim?
Se excluirmos alguns fluídos que lá possam deixar, não me parece...

De qual das formas, não obstante a questão da (falta de) higiene, acho absolutamente extraordinária a inteligência dos pombos.
É o único animal, supostamente não racional, que sabe ler, mesmo sem ser ensinado para tal.

Macacos e papagaios podem ser preparados para fazer alguns truques com letras.
Os pombos não precisam disso. Nascem a saber ler.

Como pensam que os pombos-correio chegam ao seu destino?
Têm que saber ler as placas, os nomes das ruas e os números da caixa do correio. E fazem-no muito antes da existência de satélites, de GPS e do Google Earth.

Não se riam. Não estou maluco nem apanhei sol a mais.

Aliás, não sou o único a pensar assim.
Há, felizmente, pessoas de reconhecido mérito que partilham da minha opinião.

Olhem, por exemplo, a insuspeita empregada de limpeza do sítio onde trabalho.

Só assim, se compreende que, depois de muitas sessões a ser obrigada a limpar a porcaria que as aves fazem no aparelho de ar condicionado colocado nas traseiras do edifício, lhes tenha dedicado este escrito: