Discos pedidos

Na minha actividade (leia-se hobbie) de dj (leia-se tocador de discos) já estou acostumado aos clientes dos “discos pedidos”, que acham que o dj é uma espécie de JukeBox, em que basta pôr uma moeda e escolher um tema.
Com a agravante de ao dj não se chegarem à frente com a parte do dinheiro.

Melhor ou pior, lá vou resolvendo essas situações. Muitas vezes até cedo (logo à partida se para aí estiver virado, depois se a música escolhida se enquadrar minimamente no tipo de espaço, público, disposição, etc), outras nem tanto (nem tão pouco).
Não tenho uma regra para isso e depende também muito da forma como se pede.

Agora nesta actividade (amadora, leia-se – infelizmente, que tantas horas aqui deviam ser remuneradas), nunca me tinha acontecido pedirem-me para escrever um post sobre um tema. Acabou de acontecer, com o Miguel, que, nos comentários ao post dois espaços abaixo, me provocou para escrever um post sobre o Apito Dourado.
Porque, tal como na música, gostei da forma como foi pedido, porque foi a primeira vez que mo pediram (e porque provavelmente será a última), aceito o repto e muito muito em breve sai aqui um post sobre o apito dourado.

Já agora, querem fazer o favor de me explicar porque é que as pessoas pedem temas ao Dj?
Porque raio é que acham que os outros clientes do espaço querem ouvir a vossa música?
Ou porque raio é que acham que acham que sabem mais e devem dar dicas a um profissional que está a trabalhar?

Por exemplo...

Num restaurante de Sushi ou num vegetariano, pedem ao cozinheiro para vos fazer antes um Frango à Guia ou um Bife à Portugália?

Na escola, pedem ao prof de desenho para vos falar antes de filosofia?

Num cabeleireiro feminino, pedem para vos fazerem a barba? (não inclui a das pernas...)

Num avião (ou, vá lá, mesmo num taxi), pedem para ser vocês a conduzir um bocadinho?