domingo, 2 de dezembro de 2007

Uma memória de betão

Tenho quase a certeza que vocês, como eu, são assinantes (e leitores) convictos da revista "Neurology".

Por isso, corro o risco de ser algo maçador ao relembrar aqui um dos seus últimos artigos.

A revista acaba de publicar um estudo que defende que os sintomas da doença de Alzheimer retardam em média 2,5 meses por cada ano de escolaridade, mas que é nas pessoas com maior grau académico que a doença progride mais rapidamente.

Por outras palavras, as pessoas com habilitações literárias mais elevadas ou com um alto coeficiente intelectual desenvolvem mais tardiamente os sintomas de perda de memória, mas registam uma deterioração intelectual 4% mais rápida por cada ano de educação.

Porque acredito em tudo o que leio, passei o dia a inscrever-me em diversas universidades. E estou já a tirar uma série de cursos ao mesmo tempo.

Significa isto que durante muito tempo devo poder continuar a demonstrar aqui a clareza e a lucidez que me são habituais.

Não se assustem, contudo, se de um dia para o outro eu esquecer tudo o que disse e os textos passarem a reflectir uma imensa confusão.

Mas, de acordo com a teoria exposta na revista, estou confiante que essa parte não me acontecerá tão rapidamente porque.... porque.... porque... eu..... eu sei que eu.... eu?!?? quem é o eu???
Vocês não viram aquela coisa do... do.... do.. falta-me a.... como é que se diz palavra???

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