quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Horas Extra? Ordinárias!

No passado domingo, na Golegã, Paulo Portas defendeu que as horas extraordinárias e os prémios de produtividade deveriam estar isentos de IRS para estimular o crescimento da economia.

Aplaudo, de pé, esta atitude de Paulo Portas.

Não me refiro especificamente ao facto de concordar (ou não) com a medida proposta.
Numa época em que tanto criticamos (todos) os políticos, é bom de ver que algum deles defenda uma posição relativamente à qual não tem qualquer interesse.

Um incauto, poderia achar que Paulo Portas só poderia estar a defender esta tese caso tivesse pendentes milhares e milhares de horas extraordinárias e prémios de produtividade a receber.
Não é o caso, bem pelo contrário. Parece que Paulo Portas não trabalha nem no horário laboral.

Segundo o jornal Expresso deste fim-de-semana, enquanto recebia (e bem) do nosso bolso para brincar aos Ministros da Defesa, Paulo Portas passava o horário de expediente a escrevinhar rascunhos para o CDS.

Uns dias antes de sair do Governo, mandou copiar 61.893 páginas (!!!) de papéis do Ministério da Defesa!!!

Para além de se colocar a questão de saber quem pagou as resmas de papel mais o Manuel que esteve dias a fio a tirar o raio das cópias, mais o facto de se dever saber se não há confidencialidade nos papéis de um Ministério tão sensível como o da Defesa, fica a dúvida: ele diz que os papéis eram seus e relativos ao CDS.
Se calhar, eram.

Mas 61.893 páginas, dão cerca de 24 páginas por dia.
Fazem ideia do número de horas por dia que são necessárias para se escreverem 24 páginas?

Há empregos fantásticos, não há?

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