domingo, 14 de outubro de 2007

A carapuça a quem a servir

Quase todos os europeus sonham ganhar o Euromilhões.

Não foi por acaso que escrevi "quase todos". Eu, por exemplo, não sonho com isso.
Não que não gostasse de o ganhar. Claro que gostava.
Sei é que é impossível.

Para já, porque raramente jogo.

Mas, especialmente, porque tenho tanta, tanta, mas tanta sorte ao amor, que é impossível ter um pingo de sorte ao jogo.

Aliás a sorte ao amor é tão grandiosa que extravasa a questão das relações amorosas e se estende até aos amigos e mesmo aos conhecidos.

Vem isto a propósito da sorte que tenho tido com todo os Dj's que passam ou já passaram pelos Sorrisos em Alta, bem como de todos os convidados para tocar nas festas que fiz.

Apesar dos meus parcos conhecimentos (sociais e musicais), a todos arranjei sítios conhecidos para fazerem aquilo que mais gostavam - tocar música.

Pois todos eles, sem excepção, me surpreenderam pela positiva.

Com tanta inveja, má-educação, falta de formação e ingratidão que há no mundo nos dias de hoje, eu sei que é difícil de acreditar nesta, mas todos eles, assim que arranjam um sítio para tocar ou um bar para explorar, nem sequer pensam neles. Telefonam-me logo para me convidar.

Quer dizer, eu acho que tentaram telefonar. O meu telefone é que não deve estar muito bom. Mas eu tenho a certeza que eles tentaram.

Aliás, o mesmo sucede com os muitos que, ao longo dos anos, me foram pedindo para tocar comigo.
Esses, alguns deles dj's conhecidos da praça, já me enviaram muitos mails a pedir para tocar comigo.
Também já devem ter mandado mails a convidar-me para tocar com eles.
Mas, infelizmente, também a minha caixa de correio deve ter alguns problemas na recepção e os convites acabaram por não chegar.

Mas eu sei que todos eles tentaram e muito.

Ou seja, sou um indíviduo mesmo com muita sorte nesta matéria.

Se assim não fosse, era capaz de desatinar.

E, se estivesse mesmo irritado, e dispondo deste poderosíssimo meio de divulgação na internet, podia até dedicar-lhes este tema, como homenagemMas é obvio que nunca o faria.

Por duas ordens de razões. A primeira, porque eu sou um doce de pessoa (que alguns tendem a achar que é o mesmo que ser parvo ou um tótó).

A segunda porque, como já disse, todos eles me retribuiram.

Acabaram foi por seguir a sua vida e têm agora carreiras de sucesso.
Estou-me agora a lembrar por exemplo do...... do... ai e daquele o ..... e do outro, o que estaciona carros.. não, não é isso... bem, não me lembro o que ele faz, apenas que é qualquer coisa ilegal... e o outro, o que tocava no..... (bolas, agora pensando bem, nunca mais nenhum deles tocou num sítio conhecido.... será mau karma dos Sorrisos em Alta?....)

É capaz de ser isso.
É que eu, agora, praticamente sozinho, sem a ajuda deeles, estou na fase mais decadente da minha carreira e vejo-me obrigado a tocar em espeluncas como esta, este autêntico pardieiro, onde tive que tocar na quinta-feira

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