Queria ter visto no cinema, mas não tive oportunidade.
Acabei por alugar o filme. O Filme da Treta.
Não sou crítico de cinema (aliás, nem sou grande apreciador). Mas tenho direito à minha opinião (especialmente, porque o blog é meu!). Para mim, o "Filme da Treta" tem um único atributo: é honesto. No título. Que diz tudo: é uma treta de filme!
Sei que vou deixar muita gente com os pêlos eriçados (nomeadamente os 250.000 que o viram no cinema - se é que gostaram...) e a própria produção, que o auto-denomina "A comédia do ano". Que, aqui para nós, também não é um título especialmente difícil de se obter: em 2006 não deve ter sido feita mais nenhuma comédia e foi um ano que pouco ou nada nos trouxe que desse vontade de rir.
É óbvio que não estava à espera de uma grande produção cinematográfica. Mas esperava bem mais.
E tenho pena. José Pedro Gomes e António Feio são dois dos meus intérpretes favoritos.
No fundo, o filme até cumpre com aquilo a que se comprometia: a distrair as pessoas por alguns momentos. Mas isso, para mim, é pouco. Muito pouco.
Mas falta-lhe aquilo que deu "sumo" e reconhecimento às célebres "Conversas da Treta": o conteúdo. E, logo, a consistência.
Nas Conversas, Zézé e Tóni abordavam, de forma bruta e simples, mas sarcástica, cenas do quotidiano. No filme, nada disso existe.
Por isso, o filme arrasta-se por uma hora e tal como uma espécie de manta de retalhos, em que os diálogos são desprovidos de qualquer conteúdo e em que o humor é apenas ligeiro. Bem ligeiro. Pelo contrário, os diálogos cansam. Tanto, que tirei o filme do dvd ainda antes de ter chegado a meio.
Estou certo de que deu muito trabalho a alguém criar uma hora e picos de diálogos com palavras trocadas e mal pronunciadas. Mas não nem dou especial valor a tal facto: privo, no dia-a-dia, com pessoas que falam mesmo assim!
domingo, 14 de janeiro de 2007
Filme da Treta
Publicada por Sorrisos em Alta às 11:26 a.m.
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