quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Uma questão de (falta de) educação

As notícias de hoje dão conta da história dum cidadão de Terras de Bouro que acusou a Direcção Regional de Educação do Norte de "impor uma espécie de prisão domiciliária" à sua filha, de 13 anos, ao não permitir a sua passagem ao 8º ano e não poder frequentar as aulas, por causa de um diferendo dele (o pai) com 2 professores.

Francamente...

Há pessoas que são mesmo pobres e mal agradecidas! Há gente que nunca está satisfeita! Há gente que não reconhece o enorme esforço do Governo para fazer o país andar para a frente!

Vamos por partes:

1º - O homem não gosta da filha.
Nenhuma pessoa no seu perfeito juízo obrigaria uma filha de que gostasse a viver num sítio chamado Terras de Bouro;

2º - O homem não gosta da filha.
Foi ele quem causou tudo isto, ao diferir com 2 professores.

3º (mas não menos importante): O homem não gosta da filha.
Então a Direcção Regional do Norte faz um esforço titânico pela miúda, gastando sabe-se lá que quantidade adamastora de meios para a proteger e o gajo ainda reclama? Então ele não percebe que, vivendo em Terras de Bouro, a prisão domiciliária é uma prenda e não um castigo? Ou ele preferia que a filha saísse à rua e percebesse que mora em Terras de Bouro?
Haja pachora...

4º - O homem não gosta da filha.
No 8º ano, as crianças já sabem escrever e gozam muito umas com as outras. Ao impedir a sua passagem ao 8º ano e a frequência das aulas, a Direcção Regional de Educação do Norte mais não fez do que proteger, de forma totalmente samaritana, a pobre rapariga, dos desaforos e possíveis agressões, físicas e verbais, dos seus coleguinhas, pelo facto de ela ser de Terras de Bouro.

5º - O homem não gosta da filha.
Se gostasse, NUNCA viria para a comunicação social dizer a meio o Mundo que ela mora em Terras de Bouro. Há que proteger as crianças.

6º - O homem não gosta da filha.
Ao impedir que frequente a escola, a Direcção Regional de Educação do Norte está a zelar pelo futuro da criança: Para quê gastar anos a fio a estudar se, quando viesse a apresentar o curriculum a um emprego, se rissem dela, por ter morado e estudado em Terras de Bouro?
Evita-se, assim, esse embaraço à moça e a maçada de anos de estudo perfeitamente desnecessários.

7º - (e conclusão): Este homem ama a sua filha!
Só um amor enorme pode levar a que se assuma, perante o Mundo, que, mesmo vivendo em Berras de Touro, perdão Terras de Bouro, a filha tem direito a estudar.

A resolução do problema, também é fácil: acabemos com o sofrimento da garota, fazendo uma vaquinha para que o pai (e a moça) se possam mudar para uma destas localidades:
- Fonte da Rata(Espinho).
- Filha Boa (Torres Vedras)
- Vale das Pegas (Albufeira)
- Cabrão (Ponte de Lima)
- Picha (Pedrógão Grande)
- Cornalheira (Meda)
- São Paio da Farinha Podre (Penacova)
- Triste Feia (Leiria)
- Parola (Mafra)
- Farta-Vacas (Lagos)
- Alçáperna (Lousã)

Vão ver que, aqui, se acaba com o gozo sobre o nome da terra.

PS: Just kiddin': TERRAS DE BOURO RULES!!!!

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