sábado, 23 de setembro de 2006

Penitência

Vejo-me obrigado a vir aqui penitenciar-me. Acho que é a primeira vez que o faço. Não só o vir-me aqui, como o penitenciar-me.

E sou forçado, também, a vir , aqui (de novo???) expressar os meus sinceros e humildes agradecimentos.

Passo a explicar: ainda há um ou dois dias escrevi um post sobre o ar sisudo da nossa política e a enaltecer as constantes brincadeiras da realeza britânica. Para além disso, pedia para eles arranjarem maneira de nos divertir.

Pois nem de propósito, no dia seguinte escarrapachava-se-me (linda palavra) na cara (e sim, leram bem, não é escarra-pachacha-na cara) uma comovente notícia sobre a "família real" portuguesa.

Tenho que dar o braço a torcer. São hilariantes e batem os ingleses por k.o.

Reza a "notícia" que a D.Isabel de Bragança quase não deixa os filhos tocar no computador. Aos 39 anos, considera-se uma mãe exigente e preocupada com a educação e o futuro dos filhos. Por isso, trata de arranjar inúmeras actividades para os ocupar. E são tantas, tantas, tantas, mas mesmo tantas, de cariz social, que as crianças ficam sem tempo para os jogos.
(afinal, qual é a criança que não prefere ir a congressos de monárquicos, ouvir discursos, em vez de jogar no computador??? Ela é que sabe!)

Isabel de Herédia gaba-se, ainda, de lhes controlar os dias, arranjando incentivos irrestíveis: "Às vezes eu e o pai jogamos monopólio e outros jogos...".
Demasiado excitante para uma criança, não?
E, se ela joga monopólio com o pai das crianças, que andará D.Duarte a fazer a essas horas? Estará no congresso dos monárquicos?

Aliás, dizem as (más?) línguas que foi precisamente durante selvagens jogos de monopólio que as 3 reais crianças foram feitas. Quando D.Duarte de Bragança ficou 3 dias na casa da prisão...

Além disso, preenchem tanto a agenda social dos petizes, que eles nem têm tempo para outras actividades lúdicas: o Afonso até teve que sair dos escuteiros, porque as actividades eram ao fim-de-semana (e ele tinha congressos de monárquicos para ir...).
Bem, esta não faz grande diferença. O que tinha nos escuteiros, tem em casa: D.Duarte também gosta de andar por casa de meias altas. E as suas têm até a mais as ligas.

Diz, ainda que o convívio das crianças é uma prioridade. Que "gostava que eles estivessem nos escuteiros, que proporcionam o convívio com outros jovens, permitem a partilha de experiências e até ajudam a tomar posições".
Também aqui, em casa resolve-se o problema. Tanta é a vossa ânsia de aparecer nas revistas, que põem-se a jeito...

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