sábado, 30 de setembro de 2006

Para adopção

Já estamos todos pelos cabelos com e-mails de animais para adopção.
O que irrita mesmo não é o teor do mail em si. É a quantidade de vezes que o recebemos, algumas vezes meses e meses após o primeiro.

Depois, quem já tentou, verificou que o número dos contactos ou não existe ou respondem que nunca tiveram cães (ou gatos) para dar.

Enfim, brincadeiras para chatear o próximo (se estiverem irritados com alguém, aí está uma dica...).

Também todos os dias há notícias de crianças adoptadas.

O que já não é normal (não sabemos é se fica bem, como rezava o anúncio) é um tipo já com idade para ter juízo pôr um anûncio num jornal para ser adoptado.

Não julguem que foi apenas um criativo anúncio amoroso.

O homem a que nos referimos tem 79 anos, chama-se Giorgio Angelozzi e é italiano.

Pôs o seguinte anúncio no jornal Corriere della Sera: "Professor aposentado procura família que aceite adoptar um avô. Paga-se":

Já agora, oferece 500 euros por mês a quem o adopte.

Primeiro, ri-me à gargalhada.
Depois de pensar um pouco.... respondi ao anúncio!

É uma mina!

Adoptar uma criança pode ter o seu interesse, mas tem inúmeras desvantagens: elevadíssimos custos com alimentação, vestuário, educação e saúde, birras, sarilhos, etc.

Com um avô, tudo é diferente. E além disso, ele ainda paga!

Se se adoptar uns 7 ou 8 avôs, já se recebe um ordenado considerável.

Se lhes escondermos as dentaduras, os avôs adoptivos são animais extretamente baratos de alimentar.

Só temos que os levar a passear de vez em quando. Mas também aí não há qualquer dificuldade: O que conseguir voltar a casa, dorme na cama de avô adoptivo.
Quanto aos que se perderam (ou não se lembram onde moram...), passados 2 ou 3 dias ligamos para a polícia e eles trazem-nos de volta.
Ou seja, 2 ou 3 dias sem gastarem água nem luz.
Repita-se a cena. And again and again.

As potencialidades são ilimitadas.

Mas... estamos a poucos minutos de começar o dia do idoso (domingo, 1 de outubro).

Esqueçam lá então tudo o que leram.

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