quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A defesa de Scolari

Ontem, pouco ou nada vi o jogo. Ou seja, quis ver, mas achei aquilo tão desinteressante que me fui dedicando a outras actividades.

Mas vi o final e achei que não podia perder a conferência de imprensa. E em boa-hora o fiz.

Começei por vê-la boquiaberto, olhando para o Scolari e achando estranho como é que ele podia estar ali a dizer que não aconteceu uma coisa a que todos nós acabáramos de assistir.
Julguei que estava bêbado. O que não seria impossível... O que, decididamente, não era o caso. Por via das dúvidas, já não bebi o resto da quinta garrafa.

Então, reparei melhor e fez-se luz: quem estava bêbado era o... Scolari!

Primeiro, nem sequer conseguiu perceber quais eram os seus jogadores que estavam em campo (não sabendo o nome e vendo os números na camisola a dobrar é mais difícil substitui-los...).
Depois, tentou bater num adversário (sorte ter cambaleado e falhado...)
Depois tentou dizer o nome do.... do... (só lhe saíu "do garoto"). Meia hora depois (lá lhe devem ter dito ao ouvido), veio dizer que era o Quaresma.
De seguida, todo o espalhafato da conferência, a negar-se a ele mesmo, a gaguejar, a soluçar.
(Felizmente, para o País, ao menos não vomitou em directo)

No pedido de desculpas de hoje, Scolari acaba por confirmar, indirectamente, o que acima defendo.
Diz que acordou. Só muito depois é que começou a pensar. E só ainda mais tarde é que começou a perceber (como no anúncio: "há ressacas fantásticas, não há?").

Consigo imaginá-lo: "iiiii... qui dô dchi cábeça....
Qui mi aconticeu???
(liga a televisão)
Xiiiiiiii... jogámo ontem?
Ehhhhhhh... empátámo!!!!
Olha aquele velho batendo num garotinho.... ei... eu conheço a cara daquele velhinho.... vixi... sou eu!
Qui vérgônha!!!"

Bem, lá bebeu uns 20 gurosans e lá mais para o fim da tarde, já mais fresquinho e lavadinho, lá sai a conferência de imprensa.

Nesta, já assume, PARCIALMENTE, o que fez.

Sei que muitos defendem que deve ser despedido.
Como treinador, pouco tem ganho (em jogos, entenda-se. Em cachet, a história é outra).
A dar murros, também provou não ser grande coisa. Também aí temos cá melhor (Sá Pinto a seleccionador, já?).

Seja como for, Scolari tem que se haver agora com a UEFA.
Que não costuma ter mão-leve para estas coisas.

Mas eu defendo, contudo, que o homem deve ter mais uma chance.

Sei, aliás, que nem vai haver qualquer sanção. Porque quem vai fazer a defesa de Scolari junto do organismo máximo do futebol são.... OS SORRISOS EM ALTA!

Mias uma vez surpreendemos tudo e todos e fomos os eleitos para tão gloriosa (quanto espinhosa) missão.

E não se preocupem. Como já disse, nada irá acontecer ao seleccionador nacional.

A nossa defesa é perfeitamente imbatível.

Dúvidam?

Pois escutem só (ou melhor, pois leiam só):

Na quarta-feira de manhã, bem antes do jogo, o Jornal Metro publicava este anúncio:(atenção que é uma imagem real, sem qualquer tipo de alteração ou montagem).

Repararam bem?

Pois é esta imagem que vai salvar o homem.

Vamos defender que o Scolari já estava desde manhã de punho estendido, por causa do anúncio que teve que fazer.
E que lhe deu uma paralítica ou qualquer coisa do género. Tipo um torcicolo, mas no braço. Que ficou assim até à noite.
Até que aquele idiota do sérvio decidiu passar com a cara lá perto!

(se os senhores da UEFA repararem que o braço é o outro, defendemos que a foto do anúncio foi tirada a um espelho...)

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