sábado, 19 de maio de 2007

Mãe há só uma (ou melhor, havia)

NOTA INTRODUTÓRIA: Já aqui o disse, mas reitero: muito sinceramente, não concordo com quem me acusa de ser cáustico ou de praticar humor negro.
Se soubessem as ideias iniciais que me passam pela cabeça, ficariam com a certeza que sou extremamente "soft" quando passo a coisa a escrita.
Mas devo alertar que, neste post (s só neste), vou usar um bocadito de humor negro. Só um bocadito. Porque de humor não tem nada, de negro é que pode haver aqui qualquer coisa.
O aviso está feito. Passemos à história:

Com a vida que todos levamos, estamos sujeitos a sofrer acidentes.

Suspeito que a probabilidade de tal suceder aumente imenso se a pessoa se chamar Acidália.

Coincidência, ou não (e tenho, para mim, que as coincidências são como as bruxas - ninguém as viu, mas que as há, há...), foi o que aconteceu precisamente à D.Acidália Vieira, de 45 anos, de Barroselas (na periferia de Viana do Castelo).

A história é verídica e tem contornos macabros: No passado dia 2 de Maio, pouco depois das 19 horas, no parque de estacionamento do Supermercado da Feira, a D.Acidália tinha o carro estacionado numa laje escorregadia. Foi pôr as compras no porta-bagagens.
A sua filha, de 18 anos, ligou o carro.
Devo aqui explicar que a filha era uma expert na matéria, dado que até já andava a tirar o Código...
Resultado: o carro estava em marcha-atrás, começou a trabalhar, deslizou e trucidou a mãe.
Se queres pormenores sórdidos, ok, confirmo: uma das rodas da viatura passou por cima da cabeça da acidentada, perdão, da Acidália, que sofreu um violentíssimo traumatismo craniano.
Passada uma semana, ainda eram visíveis as marcas do atropelamento, bem como a curva, com vários metros de diâmetro, rasgada no piso pelo carro no momento em que esteve descontrolado.
Nesse dia, os médicos do hopsital de S.Marcos desligavam a máquina e a senhora falecia.

Nalguns sites da net, discute-se se a comunicação social deveria, em casos como este, preservar os nomes das pessoas "não públicas" e tratá-las pelas iniciais.

Enquanto isso, a filha causadora do acidente ainda está cá "fora" (aparentemente a receber apoio psicológico e ajuda).

Estes são os dados verídicos da (triste) notícia.

Agora, entro eu: porque uma miúda de 18 anos já não é uma criança, e porque tem que responder pelos seus actos, será que não houve ninguém que tenha testemunhado que ela, enquanto cometia o fatídico acto, gritava desalmadamente "EU JÁ TE DISSE QUE NÃO COMO A SOPA!!!"?