terça-feira, 6 de março de 2007

Falta de... URGÊNCIA

Vocês sabem que por aqui não se critica nada nem ninguém.

Mesmo para comentar qualquer coisa, também não nos fiamos nos boatos nem em supostas "notícias" de jornais.
Não! Gostamos de presenciar in loco.

E foi por isso que, depois de nos últimos tempos tanto termos ouvido falar nos encerramentos das urgências, nos protestos que esses fechos originaram e nas muitas criticas aos serviços ali prestados, hoje decidimos ir verificar o que realmente ali se passa.

O que vou contar de seguida aconteceu MESMO e não é obra de ficção nem do "diz que disse".

Para espanto meu, verifiquei, com surpresa (pela positiva), que os médicos trabalham a um ritmo verdadeiramente infernal. Não, não estou a ser cínico. Achei de facto isso. A minha consulta demorou cerca de 1 minuto!

Mas então... reclama-se de quê? Onde é que se perde tempo?

Umas dicas:

Quando me dirigi ao guichet, a informar que tinha uma consulta marcada, a amável funcionária administrativa ouviu-me (será?) e mandou-me ir tirar uma senha.

Lá fui e esperei. Muito.

Quando chegou a minha vez, lá avancei para o guichet. No (curto) caminho, fui interpelado por uma senhora que me grita: "QUAL É NÚMERO DA SUA SENHA???".
Para não ter que lhe responder (NO MÍNIMO um "META-SE NA SUA VIDA!!!"...), optei por ignorá-la e avancei.

Já no guichet, calhou-me novamente a simpática funcionária administrativa que me havia mandado tirar a senha. A qual, amavelmente, me informou, com um tom de quem dá um conselho amigo, que se tivesse avisado que tinha consulta marcada, não tinha sido preciso tirar senha (nem ter esperado...)
(E eu que ia jurar que era isso que eu tinha feito...)

E pronto, aqui, perdi metade do tempo total.

E a outra metade?

Bem... do que me foi dado assistir, a "culpa" é dos velhotes!

Nas consultas, queixam-se de tantas coisas, que, contrariamente à minha experiência de 1 minuto, entram para nunca mais de lá sair.
Mas são velhotes, coitadinhos...

Depois, há aqueles que não sabem ler ou que vêm mal. E bloqueiam os guichet's.
Mesmo que alguém os ajude, o tempo passa lenta, lentamente....
Mas são velhotes, coitadinhos...

E depois, há os outros com falta de memória.
Como os que tiram as senhas e deambulam corredores fora, com elas na mão (sem saberem para onde vão e, provavelmente nem o que ali estão a fazer).
Ou como O velhote que estava à minha frente no guichet, ao qual foi dado um pequeno impresso. Preencheu mui rapidamente o seu nome, morada, e os dados identificativos. Para depois bloquear, QUASE 10 MINUTOS perante a pergunta "Qual a data em que teve a sua última menstruação?"
Ah, memória!!!!

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