terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Um PEQUENO problema

Hoje, um título duma notícia de jornal chamou a minha atenção (coisa que não acontecia há já algum tempo).

Num dos muitos jornais diários de distribuição gratuita cujo nome começa em "D" e acaba em "K", em maiúsculas e em bold: "HÁ 180 MIL PORTUGUESES A VIVEREM COM UM MICROPÉNIS".

Estranhei! Confesso que este fim-de-semana, não li nenhum jornal a fundo, mas passei a vista por vários. E ainda ontem por cá não era permitido sequer o casamento homossexual (ou lésbico), e agora já se pode viver com um membro isolado de uma pessoa???

No corpo da notícia, a explicação: um livro recém publicado ("O Pénis - da Masculinidade ao Orgão Masculino, é o nome da coisa, de Nuno Monteiro Pereira) fala (neste caso, FALO) sobre o tema.

O texto não é explícito, mas parece que o autor terá andado a medir os orgãos dos homens portugueses (o meu, não conta para a estatística, que não fui tido nem medido...).

Segundo ele, o comprimento médio do pénis português é de 9,85 centímetros, quando flácido, e de 15,82 centímetros erecto (parece que houve muita gente a excitar-se com o facto de ser medido...)

Haverá 1% da população (ou seja, cerca de 50.000 portugueses) que têm o chamado megapénis, um vistoso membro que terá mais de 13,6cm quando flácido e mais de 19,5 imponentes centímetros quando "em estiramento"
(esta expressão, é linda. No 1º dicionário que apanhei à mão consta que "estiramento acontece quando você estica, alonga demais ou rompe um ligamento (tecido fibroso que conecta os ossos), um tendão (tecido que prende um músculo ao osso) ou um músculo").
Ficamos a saber que os donos dos megapénis não os põem erectos, mas esticam-nos (praticamente até à distensão).

A outra facção minoritária é constituída pelos tais 180.000 indivíduos com o tal de micropénis (ppara sermos politicamente correctos, vamos tratá-los, carinhosamente, por armas de pequeno porte), os quais terão membros com 6,2cm de comprimentos flácido e de 10,9 centímetros quando "exaltados".

No curto espaço de apresentação do livro (em forma de notícia), não se explica porque é que os portadores dos megapénis não terão também dores de cabeça. Será que essas pobres almas não sofrem em silêncio para os tentar dissimilar dentro da roupa?

Nos mais pequenos percebe-se perfeitamente a dor e a angústia: tendo a palma da mão média de um homem português cerca de 10 cm (sim, andámos a medir! Mas ao menos eram mãos, e só depois de terem sido muito bem lavadinhas!), qualquer ida à casa de banho se torna uma verdedeira angústia, uma terrível tormenta.
Quer pelo tempo que se deve passar a tentar encontrar o "amigo" (e o que isso custa, quando se está aflito...), quer pela necessária destreza para levar a cabo a tarefa de se aliviar sem pingar a palmita da mão.

Já para a questão das relações sexuais, não são adiantados pormenores.
Mas, aí, como diz o ditado, "tamanho não é documento".

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