domingo, 17 de dezembro de 2006

Parece que diz que disse

Johan Cruyff: "Em 31 anos, primeiro como jogador, depois como treinador, vi de tudo num balneário. Mas nada que tenha a ver com drogas ou doping. O doping no futebol, é um conto chinês".

Na China, como cá, um conto são mil paus. Ficamos, pois, a saber, que o doping, no futebol, é baratíssimo. Por mil moedas chinesas de escudo tratam-vos da saúde.

Mais a sério: não vos irrita este pessoalzinho que lança um suspeitazita mas que não concretiza as coisas? Das duas uma: ou não sabe mesmo nada do assunto (e mais valia ter estado calado), ou se não era para contar, não dizia nada (e ficava calado). Assim, não.

Mas que raio quererá dizer ele com aquilo: Será que ele viu MESMO de TUDO no balneário? E em qual balneário?

Já que o sacana do holandês me deixou para aqui a pensar no assunto, vamos lá tentar perceber o que está por trás de tão enigmáticas mas acusadoras palavras: Ora, as coisas mais directamente ligadas ao futebol são, sem dúvida, o sexo, as drogas e o rock'n'roll. "AH, MAS ISSO É COM O PESSOAL DO ROCK!!!", estão já para aí a dizer alguns.

E também é no futebol, digo eu. É tudo igual! Ora vejam lá se os penteados não são muito parecidos? O João Pinto não podia ser vocalista duns... Europe? E o Axel Rose não podia ser um avançado argentino? Estão a ver como eu tenho razão?!

Se o senhor Cruyff diz que não há drogas no futebol, ficamos com a parte do sexo e a do rock 'n'roll.

A vertente do rock'n'roll parece esgotar-se nos penteados compridos na parte detrás da nuca. Ah, e no Neno a cantar.

Resta, pois, a parte do sexo. Nos balneários. Onde não entram mulheres, não é? É.

E então, porque é que o Cruyff não foi directo e frontal?
Era preciso só dizer que viu algo e deixar no ar a suspeita (ainda por cima, tão fácil de concretizar...)?

Não podia ter chamado logo os bois pelos nomes?

Custava muito dizer que no balneário (da selecção holandesa ou do Barcelona - quem não foi que se safe..) a táctica era "meter as bolas nas costas" dos defesas?
Que havia alguém que se gostava de jogar na "pequena área"?

Como dizia a minha avó: "Frontalidade e caldos de galinha..." (já não me lembro do resto do provérbio)

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