domingo, 8 de outubro de 2006

Dinheiro. Ou a falta dele

Esta semana, ficámos a saber (ou confirmámos) que Itália e Portugal são os 2 países mais corruptos da Europa.

Como me deram um envelope com dinheiro, não vou poder comentar esta informação.

Mas posso comentar a do assalto à Dependêndia do BES de Setúbal, que também ocorreu esta semana (com reféns e tudo).

Não é propriamente uma notícia. Actualmente, todos os dias há informações sobre assaltos a bancos, pelo que deixam de existir os factores que a fazem considerar uma notícia.

O homem em causa, de 57 anos, manteve 4 reféns durante 13 horas. Tal como qualquer outro assaltante, este levou a cabo o roubo por estar com dificuldades financeiras.

Mas se toda a gente que tivesse dificuldades financeiras assaltasse um banco, não havia dependências que chegassem. E chegaríamos a situações caricatas de ter os números inversos: 4 assaltantes distintos para um refém (o gerente do banco).

Em relação ao caso de Setúbal, no dia seguinte, já circulava na net um email que gozava com a publicidade deste banco: qualquer coisa como "ele não tem pais ricos, não lhe saíu a lotaria... foi ao BES". Bem esgalhada.

E não o critiquem já sem saberem todos os pormenores.

Parece que o homem é dono de um snack-bar e que estava a aguardar um pedido de emprestimo, de 100.000 euros, por parte do BES. Como nunca mais estava desbloqueado e se sentiu com a corda na garaganta, decidiu "apressar o processo".

E convenhamos que, à excepção da questão dos reféns, 13 horas é o tempo médio de espera para tratar de qualquer coisa num balcão dum banco.

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