terça-feira, 19 de setembro de 2006

C.S.I. Carris

Certamente já viram ou leram reportagens em que condutores dos autocarros da Carris se queixavam do seu trabalho. Não necessariamente das condições em que o fazem, do facto de conduzirem autocarros velhos, de fazerem muitas horas ou de as ruas de Lisboa serem estreitas e o pessoal deixar os carros nal estacionados, o que dificulta o seu trabalho. Referimo-nos, concretamente, às queixas, por parte dos ditos motoristas, de serem alvos de ofensas, roubos, insultos, agressões e outros.

Pois na Grã-Bretanha e mais concretamente na Escócia, isso são conversas de menino. Lá (na Escócia), é quase uma instituição nacional cuspir-se nos motoristas. É um acto quase tão normal como mostrar o passe ou picar o bilhete.

Segundo um polícia, "é muito frequente os condutores de autocarros de Edimburgo serem alvos de cuspidelas, mas raramente apresentam queixas: dir-se-ia que pensam que isso faz parte do ofício".

Mas, acreditem, ou não, os motoristas de autocarro estão fartos desses mimos (realmente, há gente que nunca está satisfeita...).

E, por lá, a série e televisiva C.S.I. deve ter muito sucesso.

Vai daí, alguém decidiu munir cerca de 1.800 motoristas de autocarros escoceses de "kits ADN", com o intuito de que estes possam identificar os passageiros que lhes cospem em cima. O kit inclui 2 pedaços de algodão, luvas de latex e um saco, para recolherem a saliva e, posteriormente, confrontar o ADN com o ficheiro nacional de indivíduos. (estão a imaginar um motorista de autocarro, de luvas de latex e microscopio?).

Parece que no metro de Londres, nos comboios escoceses e em alguns autocarros de Glasgow a medida já era praticada.

Por cá, porque não temos tecnologias de ponta, proponho que dêem, aos motoristas da Carris, um chapéu à Sherlock Holmes e uma lupa.
Pode ser que descubram... uma maneira de conduzir melhor!

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