terça-feira, 31 de julho de 2007

Deixem escrever o Mantorras!!!!

Foi hoje à tarde apresentada, na FNAC do Fórum Almada, uma obra literária que, quase certamente, fará o seu autor ganhar, de caras, o Nobel da Literatura. Falo, obviamente, do "Livro Directo, a história de Pedro Mantorras.

Este relato, na primeira pessoa, é uma autentica bofetada de luva negra naqueles que, ao longo dos anos, foram contando anedotas sobre o jogador angolano, gozando com a sua alegada ingenuidade e suposta estupidez natural.

Como se pode constatar no livro, estavam redondamente enganados.

Mantorras dá exemplos concretos. Como o de um almoço num hotel: "- Luís (Filipe Vieira - NR - Presidente do Benfica), como é que eu vou comer com isto tudo, por onde é que começo? Eu sou só um, porque é que me meteram aqui tantos talheres e copos?".

Para verem que não se tratou de uma mera coincidência, Mantorras conta também a história do seu primeiro hotel na Europa: "Self o quê? Sabia lá eu o que era self-service... Tirei um bocado de tudo, literalmente de tudo, fiz um castelo de comida".

Para fazer calar de vez os seus detractores, também a primeira viagem de avião é recordada por Mantorras: " Sorridente, a hospedeira pediu para que eu apertasse o cinto. E eu, sem perceber o que ela me estava a pedir, olhei para os calções e não vi cinto nenhum".

Mais séria é a história da compra duns sapatos no Centro Comercial Colombo. Mantorras conta como foi: " Sapatos? Eu nunca tinha calçado uns sapatos, como podia saber que número calçava. Respondi que não sabia, mas que calçava chuteiras 42".
Apesar de servirem, "aquilo escorregava muito. A sola não tinha pitons, era lisa, de couro, do melhor para patinar na carpete".

Na parte menos interessante do livro, Mantorras casca forte e feio no antigo médico do Benfica, Dr.Bernardo Vasconcelos.
Faz-lhe acusações graves, de que teria omitido o seu estado ao Presidente do Clube, aos Treinadores e a todos os demais, e que lhe teria feito infiltrações contínuas, que lhe deram cabo da cartilagem do joelho.

Mas descai-se e acaba por confessar que o estrago no joelho não foi causado por porrada dos adversários (na altura em que alguém pedia "Deixem jogar o Mantorras!!!").
De facto, no livro Mantorras deixou escapar "Normalmente caio da cama. Por isso, hoje em dia, todas as minhas camas têm mais de dois metros de largura, para evitar acidentes um tudo ou nada surreais. E quando durmo em hotéis, encosto sempre a cama a uma parede para garantir a minha segurança".
(Provavelmente não faz diferença que a parede escolhida seja a que tem... a janela!)

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